Esse é um dos quadros que fotografei desse grande artista
chamado Universo. Diariamente e a todo instante ele retrata continuamente o que
lhe vai à alma. Sou fã incontestável da sua arte magnânima que me remete
ao sonho e ao prazer de tamanha beleza. Muito do que uso em minhas obras são
inspirações obtidas graças à observação na criatividade desses fabulosos céus.
Aqui você encontra quase toda minha vida que é a própria ARTE. Sou poeta escritor / artista plástico / músico violonista / compositor / cantor / marceneiro / adoro fotografar / Fã da natureza (ambientalista). Ajudem-me a fazer um mundo melhor...
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sábado, 26 de janeiro de 2013
Entre tanto “entretanto” / por O.Heinze
Entre tanto “entretanto”
vive a minha emoção
ora dor, ora encanto
disputam o meu coração.
E entre duas vírgulas
me vou reticenciando...
Apenas duas vírgulas
separando com cuidado
o sonho do não sonhado.
Entre tanto “entretanto”
pode passar toda vida
e sem sequer no entanto
achar a tal da saída.
“Entretanto” é só ficção
poderia nem existir
mas a inflexível razão
por medo vive do porvir.
De repente comecei rir
tanto, tanto, tanto, tanto
na alegria de seguir
sem vírgula, ponto, nada!
Pulei todo “entretanto”
parei de fazer rima contada
minha vida proseou
e livre e leve escapou...
Entre tanto “entretanto”
vive a minha emoção
ora dor, ora encanto
disputam o meu coração.
E entre duas vírgulas
me vou reticenciando...
Apenas duas vírgulas
separando com cuidado
o sonho do não sonhado.
Entre tanto “entretanto”
pode passar toda vida
e sem sequer no entanto
achar a tal da saída.
“Entretanto” é só ficção
poderia nem existir
mas a inflexível razão
por medo vive do porvir.
De repente comecei rir
tanto, tanto, tanto, tanto
na alegria de seguir
sem vírgula, ponto, nada!
Pulei todo “entretanto”
parei de fazer rima contada
minha vida proseou
e livre e leve escapou...
sábado, 19 de janeiro de 2013
Sou? / por O.Heinze
Quase entendo a loucura
do voo de alguém que salta
para o vazio da morte
e entre o cume do edifício
e o asfalto alheio e rijo
tenta saber sua identidade.
Desde sempre busco me achar
inteiro na minha individualidade,
mas algo falta e me castiga,
algumas peças do todo
que completariam meu eu.
E assim me vou buscando:
no olhar nos próprios olhos;
na ilusão dos vícios;
na atmosfera do romance;
na experimentação sexual;
na inocência da minha infância;
nas rusgas de minhas rugas;
na vida e morte diárias;
durante a partida de xadrez;
na meia laranja que não chupei...
Em milhares de pessoas me busco.
Não me acho dentro nem fora.
Quê raios sou eu???
Quê diabos sou eu
além das carnes, ossos,
mente, ectoplasma e espírito?
Os grandes filósofos já sabem.
Os mestres da interiorização também.
Todos dizem que sabem
quê são eles e até os outros.
Mas eu não sei,
continuo querendo me encontrar
para poder me apresentar à mim.
Você que sabe quê sou eu
não me diga, deixe eu descobrir,
pois mesmo que esta busca
seja sem fim, eu preciso tentar,
tentar saber quê sou
e principalmente porque sou.
Quase entendo a loucura
do voo de alguém que salta
para o vazio da morte
e entre o cume do edifício
e o asfalto alheio e rijo
tenta saber sua identidade.
Desde sempre busco me achar
inteiro na minha individualidade,
mas algo falta e me castiga,
algumas peças do todo
que completariam meu eu.
E assim me vou buscando:
no olhar nos próprios olhos;
na ilusão dos vícios;
na atmosfera do romance;
na experimentação sexual;
na inocência da minha infância;
nas rusgas de minhas rugas;
na vida e morte diárias;
durante a partida de xadrez;
na meia laranja que não chupei...
Em milhares de pessoas me busco.
Não me acho dentro nem fora.
Quê raios sou eu???
Quê diabos sou eu
além das carnes, ossos,
mente, ectoplasma e espírito?
Os grandes filósofos já sabem.
Os mestres da interiorização também.
Todos dizem que sabem
quê são eles e até os outros.
Mas eu não sei,
continuo querendo me encontrar
para poder me apresentar à mim.
Você que sabe quê sou eu
não me diga, deixe eu descobrir,
pois mesmo que esta busca
seja sem fim, eu preciso tentar,
tentar saber quê sou
e principalmente porque sou.
domingo, 13 de janeiro de 2013
Vós te amas? / por O.Heinze
Por que vós não sois vós mesmo?
Não reclames, escutai-me!
Por que te deixas sem atenção
naquele mendigo que te olhas?
Por que não te dás a mão
para aquele depressivo?
Por que te esqueces
de te atravessar na rua
pois, se estás cego?
E ainda te negas um sorriso
naquela criança sem ninguém?
Não te destes de beber
naquela planta morta?
Não te tivestes compaixão
naqueles animais doentios?
Não te destes de comer
para aquela anciã
e que nem te podia pedir?
Não destes amor
e tantas outras cousas
para ti mesmo e agora...
Te restas ir, ir sem vós
mundo afora...
Por que vós não sois vós mesmo?
Não reclames, escutai-me!
Por que te deixas sem atenção
naquele mendigo que te olhas?
Por que não te dás a mão
para aquele depressivo?
Por que te esqueces
de te atravessar na rua
pois, se estás cego?
E ainda te negas um sorriso
naquela criança sem ninguém?
Não te destes de beber
naquela planta morta?
Não te tivestes compaixão
naqueles animais doentios?
Não te destes de comer
para aquela anciã
e que nem te podia pedir?
Não destes amor
e tantas outras cousas
para ti mesmo e agora...
Te restas ir, ir sem vós
mundo afora...
sexta-feira, 11 de janeiro de 2013
sábado, 5 de janeiro de 2013
Morte à segunda / por O.Heinze
Fiquei me perguntando se a natureza
sabia que era segunda-feira.
Afinal, os pássaros cantavam
como se fosse dia de domingo;
os insetos bailavam
igual em dia de festa;
apesar do clima de velório
as flores viviam plenamente;
a brisa se perfumava toda;
e o sol sorria para todos.
Enquanto isso, na lida,
humanos desejavam
que esse dia nem existisse,
que se pulasse na semana
do domingo para a terça-feira.
Vontade grande de se chegar logo
no tão cobiçado final da semana,
para somente aí, quem sabe,
pararem para observar
e talvez sentir na alma
o mesmo cenário deste dia.
Fiquei me perguntando se a natureza
sabia que era segunda-feira.
Afinal, os pássaros cantavam
como se fosse dia de domingo;
os insetos bailavam
igual em dia de festa;
apesar do clima de velório
as flores viviam plenamente;
a brisa se perfumava toda;
e o sol sorria para todos.
Enquanto isso, na lida,
humanos desejavam
que esse dia nem existisse,
que se pulasse na semana
do domingo para a terça-feira.
Vontade grande de se chegar logo
no tão cobiçado final da semana,
para somente aí, quem sabe,
pararem para observar
e talvez sentir na alma
o mesmo cenário deste dia.
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